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COREOGRAFIAS DA ÁGUA | PENSAR O SÍTIO DE LISBOA

EXPOSICOES |

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MUSEU DA MÃE D' ÁGUA | lisboa | NOV 2021

A genialidade do lugar de Lisboa inicia-se, na presença da água, na ocorrência das suas particulares configurações e movimentos, na terra, no rio e no mar e, sobretudo no seu comportamento e trocas entre estes campos de acção e relação.

Mas a sua existência não se resume à sua expressão física e material neste território, ainda que excepcional, mas permite-nos tomar consciência de um conjunto de actores, forças e tensões, por vezes ocultas, que activam e operam nesta paisagem. Uma lembrança infindável subjacente à sua formação e transformação, que corporiza uma cidade construída e vivida, no seu registo telúrico, espacial e cultural, em torno da Água. O papel matricial e exclusivo da água na geração da cidade, denunciam tanto os processos naturais que vinculam o sítio quanto a natureza dos processos humanos, que se alimentam entre si de forma sinérgica e indistinta. Enquanto sistema propulsor a água faz parte intrínseca de uma condição topológica e tessitura, determinante na evolução e construção, na continuidade e identidade desta paisagem. Como poderemos sintonizar e correlacionar estes conteúdos, nos seus vários tempos, no desenho da cidade futura?

A partir de narrativas diversas e complementares neste projecto é despoletado um processo reimaginativo e reinventivo em torno da dinâmica da água e, dos espaços arquitectónicos e desempenhos que, na cidade de Lisboa, a posicionam, explicam e incorporam.

Congregando Coreografias da Água de expressão e escalas não imediatas e, ficcionando a exploração do espaço a partir duma experiência pensada à escala do corpo, indiciam-se as múltiplas durações imaginadas que a habitam.

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